terça-feira, 25 de outubro de 2016

NOVO ENDEREÇO DO BLOG

Há 4 anos atrás, mais precisamente em 04 de Janeiro de 2012 era publicada a primeiro postagem do Desvende Sergipe. Era minha tentativa de tornar realidade um antigo desejo: o de criar uma fonte de informação e conhecimento sobre Sergipe que fosse ao mesmo tempo confiável, acessível e clara, atendendo tanto o público escolar como o leigo. Durante todo aquele ano de 2012 me esforcei para atingir esse objetivo. No entanto diversos fatores (que não convém citar agora) acabaram me impedindo de dar prosseguimento a ideia. Minhas pesquisas diminuíram, as ideias rareavam e o Blog ficou parado.
Mas a vontade continuou. Aprendi as lições dos erros cometidos. Adquiri experiência escrevendo num blog pessoal, o Habeas Mentem e hoje me sinto mais preparado para, não apenas dar continuidade, mas também um novo rumo, uma nova cara e novos objetivos a esse projeto.
Para tanto, criei uma nova página, um novo sítio que pudesse abrigar melhor o Desvende Sergipe. Com mais opções e um lay-out mais moderno, ainda que simples sem deixar de ser atraente, optei por abandonar de vez o Blogger para dar nova vida ao blog na plataforma do WordPress, no novo Desvende Sergipe.
Agradeço imensamente a todos que passaram por aqui no curto período de tempo em que estive trabalhando nas postagens desse blog e também no período posterior, em que, mesmo sem atualizações, as páginas continuavam sendo visitadas servindo de fonte de pesquisa. Espero poder não apenas continuar a ser essa fonte de pesquisa, mas ir além, servindo de inspiração a todos que continuem a querer desvendar Sergipe.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

MANUEL JOAQUIM DE OLIVEIRA CAMPOS

Filho de Antonio José Montalvão e D. Maria José de Oliveira, nasceu em 16 de julho de 1818 no sítio Murtuar, município de Itabaianinha, e faleceu em 12 de abril de 1891 na fazenda Taboca, município de Lagarto, tendo sido sepultado no cemitério da então vila de Boquim. Por esforço próprio habilitou-se nas disciplinas ensinadas em Sergipe no seu tempo. Afeiçoado à leitura dos clássicos latinos e amante da instrução, cedeu à tendência natural do seu espírito, escolhendo o magistério para nele seguir carreira na vida pública. Antes disto, porém, foi administrador da tipografia do “Noticiador Sergipense” em São Cristóvão, até outubro de 1837. Depois de ter lecionado Latim na Capela – por nomeação vitalícia de 4 de julho de 1838 – devido a extinção dessa cadeira, conseguiu ser provido em 20 de novembro de 1848 na de ensino elementar da antiga vila de Campos (atual cidade de Tobias Barreto), onde foi professor do futuro sábio Tobias Barreto, que viria dar nome ao município. (...) Jubilando-se a 12 de maio de 1858 como professor de Campos, deu novo rumo às suas aptidões, pondo-as ao serviço da advocacia e da política, tendo recebido dessa última repetidas provas de apreço em sucessivas eleições para deputado à Assembleia Legislativa da ex-província nas legislaturas de 1880 a 1885 e 1888 a 1889.
Familiarizado com o estilo poético dos vates do Lácio, escreveu versos desde a juventude, compondo epístolas e elegias, postumamente colecionadas com outras poesias e publicadas em livro por um antigo discípulo, o professor Eutychio Lins. É de sua autoria a letra do “Hino de Sergipe” impresso pela primeira vez em 1836 no número 148 do “Noticiador Sergipense”, de São Cristóvão, e reimpresso nas paginas 55 a 57 das “Poesias Póstumas”.
Escreveu ainda:
Gramática da Língua Nacional – 1839. Oferecida à Assembleia Provincial, conforme consta da ata da sessão de 16 de janeiro de 1840. Pela lei nº 48 de 20 de março desse ano foi o governo autorizado a conceder ao autor, por tempo de 10 anos, o privilégio exclusivo para imprimir um compêndio de Gramática Nacional, que compreende elementos de Aritmética, Geometria teórica e prática. Parece que essa lei nunca foi cumprida, porquanto não há notícia de que a Gramática tivesse sido impressa;
Musa sergipana. Poesias póstumas. (Sic.) Aracaju, 1901, 208 págs. in. 12º. Tipografia Comercial de Guilherme Filho & Cia.
Texto adaptado do “Dicionário Bio-Bibliográfico” de Armindo Guaraná, Rio de Janeiro, Editora Pongetti, edição de 1925.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

FREI JOSÉ DE SANTA CECÍLIA

Músico e orador notável, nasceu em São Cristóvão em 1809, sendo chamado secularmente José Pacífico de Salles. Professou na ordem franciscana em 1827, desempenhando o cargo de presidente do Convento de São Cristóvão e guardião do Convento de Penedo, na vizinha Comarca de Alagoas, onde lecionou teologia moral e latim. Grande orador sacro e músico de notável valimento, apesar de suas composições ficarem inéditas, publicou apenas um sermão. Foi amigo do franciscano Frei Mont’Alverne (1784-1858), célebre cientista e orador carioca. Foi apelidado de Frei Bastos Sergipano, “graças à vida licenciosa que levava, em tudo igual à do licencioso Frei Bastos da Bahia.” No momento de sua morte, sucedida em Sergipe aos 6 de setembro de 1859, recitou delicada ode à Virgem Santíssima:
“Já disse Adeus ao Parnaso,
E pendurei minha lira;
Agora vou respirar,
Onde o Eterno respira.”
É o autor da música do Hino de Sergipe, sendo o patrono da Cadeira n. 13 da Academia Sergipana de Letras. Escreveu o Sermão solene Te-Deum em comemoração da emancipação política de Sergipe, pela primeira vez festejada em São Cristóvão em 24 de outubro de 1836.
Trecho retirado do livro "Sergipe Colonial e Imperial - Religião, Família, Escravidão e Sociedade: 1591-1882" de autoria de Luiz Mott, pela Editora UFS e Fundação Oviêdo Teixeira, edição de 2008.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

HISTÓRIA DO HINO DE SERGIPE

Em 1836 é publicado no jornal “Noticiador Sergipano” a letra do que viria a ser o Hino de Sergipe, oficializado pela Assembleia Provincial em 5 de Julho do mesmo ano, tornando-se, desta maneira, o símbolo cívico mais antigo do Estado.  A letra é do poeta e professor Manoel Joaquim de Oliveira Campos e a música é do Frei José de Santa Cecília, ambos sergipanos. O seu título é “Alegrai-vos Sergipanos” e seus versos lembram a Independência do Brasil e o envolvimento de Sergipe naquele fato histórico que culminaram na confirmação por Carta Imperial de Dom Pedro I em 5 de Dezembro de 1822 do Decreto de Dom João VI em sua Carta Régia de 8 de Julho de 1820, que emancipava Sergipe da então Capitania da Bahia.

Segundo o historiador Ronaldo José Ferreira Alves dos Santos a autenticidade do hino é posta em dúvida por alguns historiadores, que afirmam ser a melodia do Hino Sergipano um plágio do Frei José de Santa Cecília a uma das peças do compositor italiano Gioacchino Rossini (1792-1868). No entanto nada foi provado até hoje.

O hino é cantado ou tocado por bandas de música em solenidades oficiais, como posse de autoridades do estado e cerimônias comemorativas. Segue-se os links para o download do hino no formato mp3, um vídeo com a apresentação pela Orquestra Sinfônica de Sergipe bem como sua letra:


Hino de Sergipe pela Orquestra Sinfônica de Sergipe


ALEGRAI-VOS SERGIPANOS
(Hino do Estado de Sergipe)

Alegrai-vos, Sergipanos,
Eis surge a mais bela aurora (bis)
Do áureo jucundo dia
Que a Sergipe honra e decora.

Refrão:
O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

A bem de seus filhos todos
Quis o Brasil se lembrar, (bis)
De seu imenso terreno
Em províncias separar.

(Refrão)

Isto se fez, mas contudo
Tão Cômodo não ficou, (bis)
Como por más consequências
Depois se verificou.

(Refrão)

Cansado da dependência
Com a província maior, (bis)
Sergipe ardente procura
Um bem mais consolador.

(Refrão)

Alça a voz que o trono sobe
Que ao soberano excitou, (bis)
E, curvo o trono a seus votos,
Independente ficou.

(Refrão)

Eis, patrícios sergipanos,
nosso dia singular, (bis)
Com doces, alegres cantos
Nós devemos festejar.

(Refrão)

Mandemos, porém, ao longe
Essa espécie de Rancor, (bis)
Que ainda hoje alguém conserva
Aos da província maior.

(Refrão)

A união mais constante
Nos deverá congraçar, (bis)
Sustentando a liberdade
De que queremos gozar.

(Refrão)

Se vier danosa intriga
Nossos lares habitar, (bis)
Desfeitos os nossos gostos
Tudo em flor há de murchar.

Fonte:

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

HISTÓRIA DO SELO DO ESTADO DE SERGIPE

A Assembleia Legislativa através da Lei nº 02, de 5 de julho de 1892 instituiu o Selo Oficial (ou Brasão de Armas de Sergipe), de criação do Professor Brício Cardoso.

Sua simbologia está representada pelo índio Serigi embarcando num balão aeróstato (invenção do brasileiro Bartolomeu de Gusmão) em cujo centro se lê a palavra PORVIR (o futuro). Abaixo do cesto do balão a legenda Sub Lege Libertas (Sob a Lei a Liberdade). Encerrando a faixa está a data da primeira Constituição do Estado - 18 de maio de 1892. O índio representa o passado e o balão o futuro e a civilização.


O Selo Oficial, utilizado em todos os documentos oficiais, passou recentemente por uma restauração para resgatar sua qualidade técnica. Ele foi redesenhado em cima do original.

Abaixo se encontram os links com as versões do Brasão original, preto, cinza além do arquivo em Corel Draw 10.