A bandeira de Sergipe não foi criada para ser um símbolo do
Estado. Idealizada pelo empresário José
Rodrigues Bastos Coelho para identificar a frota de saveiros de sua
propriedade e que transportavam sal e outros produtos sergipanos para a Bahia e
Pernambuco. A bandeira era hasteada nos mastros com o objetivo de
identifica-las como sendo de sua empresa. De tão popular que se tornou, a
bandeira de Bastos Coelho foi adotada como oficial do Estado de Sergipe pelo Presidente Pereira Lobo,
em 19 de outubro de 1920.
A bandeira, formada por um retângulo com quatro listras –
alternando as cores verde e amarelo –, e um retângulo azul na parte superior à
esquerda com quatro estrelas brancas de cinco raios, passou a ser conhecida,
nos portos frequentados pelos navios de Bastos Coelho, como a “Bandeira
Sergipana”. As cores usadas foram as nacionais e as estrelas representavam as quatro
barras do Estado, talvez as mais transitadas pelo autor. Mais tarde se
acrescentou uma quinta estrela maior no centro do retângulo representando de
maneira exata as cinco barras ou fozes (e não as bacias hidrográficas como
erroneamente alguns acreditam) dos rios sergipanos: São Francisco,
Japaratuba, Sergipe, Vaza-Barris, Piauí e Real (esses dois últimos dividem a
mesma foz). Sendo assim a bandeira possui cinco estrelas apesar do estado
contar com seis bacias hidrográficas.
Esta bandeira, já contando com a estrela maior no centro,
foi oficializada através da Lei nº 795, de 19 de outubro de 1920. No dia 24 de
outubro de 1920 para as comemorações da Emancipação do Estado, a bandeira oficial de Sergipe foi hasteada pela primeira vez,
na fachada da sede do governo estadual o Palácio Olímpio Campos, ficando ao
lado da bandeira nacional.
Em 1951, a bandeira oficial do Estado foi alterada. As
cores e características foram mantidas, exceto o retângulo azul, que a partir
daí continha quarenta e duas estrelas, representando o número dos municípios
sergipanos na época.
Mas essa mudança durou pouco tempo. A similaridade com a bandeira dos Estados Unidos e as possíveis mudanças toda vez que fosse criado um novo município foram as principais críticas feitas por quem era contrário a modificação. No ano seguinte, no governo de Arnaldo Rollemberg Garcez, foi restabelecida a versão original pela
Lei nº 458, de 3 de dezembro de 1952.
Fontes:
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